"O relatório que hoje aprovámos sobre a União Europeia da Defesa e este, de Ioan Pascu sobre a Política Comum de Segurança e Defesa, complementam-se, face a um desafio que determinará se a União se constrói ou se deixa destruir.
É urgente repensar a defesa e segurança da Europa perante mudanças estratégicas em curso num mundo em desordem, em que "brexiters", Putin, Trump e outros tenderão a semear mais paralisia no Conselho de Segurança e a enfraquecer a NATO.
A Europa tem de acordar e de se organizar. A Estratégia Global aprovada e um Livro Branco podem ser úteis, mas nada substitui vontade política e controlo democrático, hoje manifestamente insuficientes na maior parte dos Estados Membros. Que têm de exercer-se já sobre o compromisso para investir em investigação e tecnologia conjuntamente, em inter-operabilidade de equipamentos e forças, em financiamento comum e numa visão integrada das dimensões externa e interna, e das vertentes civis e militares, da defesa e segurança de todos nós.
A UE tem de fazer uso das ferramentas que criou, dos Agrupamentos Tácticos às missões PCSD, apoiando os Estados Membros tanto para combater forças terroristas onde seja necessário, como na neutralização de agressões e ameaças híbridas, incluindo na ciber-seguranca de infraestruturas críticas. Tarda o estabelecimento de de um quartel-general permanente, como disse a Alta Representante Mogherini.
A União tem de ser capaz de intervir e fazer a diferença nas crises e conflitos - muitos à porta, outros já dentro de portas - com impacto directo na segurança dos nossos cidadãos, nos nossos interesses, na defesa do Direito Internacional e na segurança global."
(Minha intervenção em debate plenário no PE sobre a aplicação da Política Comum de Segurança e Defesa)