O Imposto sobre Transações Financeiras visa introduzir justiça e regulação nos sistemas fiscais na Europa e garantir uma contribuição elementar, mais que devida, do sector financeiro para os orçamentos dos Estados Membros e da União, tanto mais que políticas de austeridade sobrecarregam brutalmente de impostos classes médias e PMEs.
Este imposto deve obviamente ter impacto global.
Lamento, neste quadro, que a Presidência de Malta não tenha, entre as suas prioridades, a harmonização fiscal, a transparência e o combate ao branqueamento de capitais, em especial quando membros do seu governo estão implicados nos Panama Papers e quando esta é uma questão vital também no combate à criminalidade organizada, incluindo o terrorismo.
Malta, um dos países que Comissão e Conselho toleraram que se especializasse na concorrência fiscal e práticas agressivas e opacas, tem agora acrescidas responsabilidades na Presidência da UE, de fazer avançar medidas já propostas pela Comissão para combater estas práticas, incluindo desbloquear o projeto de cooperação reforçada do Imposto sobre Transações Financeiras, já iniciado por 10 Estados Membros - incluindo o meu, Portugal.
(Minha intervenção em debate no plenário do PE, ontem)