1. A pesada derrota do SPD alemão, tanto nas eleições europeias (passando a terceiro partido, com mais baixa votação de sempre), como nas eleições regionais no Bremen (onde sempre tinha ganhado), ditaram a demissão da secretária-geral Andrea Nahles, que era também presidente do grupo parlamentar no parlamento federal (Bundestag).
No Parlamento Europeu, onde a delegação alemã sempre tinha sido a maior no grupo socialista (S&D), é ultrapassada pela primeira vez pela delegação espanhola.
2. Esta humilhação eleitoral, que culmina um contínuo declínio político da social-democracia na Alemanha, vai obrigar o SPD a repensar não somente a sua mensagem política, mas também a coligação de governo que tem mantido, como "partido júnior", nas últimas legislaturas com os cristão-democratas da CDU/CSU. O "bloco central" tem favorecido os partidos à margem dos dois partidos de governo.
De entre as perdas generalizadas da social-democracia na Europa - onde avultam os casos de quase desaparecimento de ex-partidos de governo, como na França e na Grécia -, o caso alemão é o mais preocupante, não somente pela história e influência do SPD na social-democracia mundial, mas também pela importância da Alemanha, o maior país da União.