Concordo inteiramente com esta proposta do regulador público setorial para alinhar o preço da água pelo menos pelos seus custos, acabando com a sua subsidiação, como sucede em muitos municípios, excepto o apoio às famílias de menores recursos, por se tratar de um «serviço de interesse económico geral» (SIEG), a que todos devem ter acesso, independentemente dos recursos económicos.
Para além de a subsidiação geral fomentar o desperdício de água, que se vai tornando um bem escasso, à medida que a seca se agrava, não se comprende que os municípios gastem recursos financeiros a subsidiar a água de quem não precisa e depois invoquem falta dinheiro para financiar outras tarefas coletivas (transportes públicos, escolas, etc.).
Como há muito defendo, ressalvadas as tarifas sociais, nas public utilities o princípio deve ser o do utilizador-pagador.