1. Este gráfico (retirado daqui) de previsão da crescimento anual médio comparado da economia nos próximos dez anos - que coloca à frente a Índia e a Indonésia, com a China em 5º lugar - mostra que a UE tem todas as razões para se preocupar, porque ela confirma a tendência, já aqui assinalada várias vezes anteriormente (por exemplo AQUI), de atraso da economia europeia a nível mundial.
Com efeito, embora a economia da UE não seja considerada de forma agregada nesta previsão, a verdade é que duas das maiores economias da União, e que, portanto, mais pesam no seu PIB (Alemanha e Itália), vão decrescer, e outras duas vão ter um crescimento assaz anémico (França, Espanha). Mesmo os Estados Unidos, embora abaixo do meio da tabela, continuam a fazer melhor do que nós.
2. Além de confirmar a análise do recente Relatório Draghi sobre o mau desempenho económico da União, esta previsão acrescenta mais um argumento para a necessidade de lançar as profundas reformas que ele preconiza, e quanto antes.
Além de ser condição essencial para o aumento do rendimento e do bem-estar dos cidãdãos europeus e para a sustentação financeira do nosso oneroso Estado social, um crescimento económico robusto constitui requisito incontornável para robustecer a posição da União como potência política no plano geoestratégico.