Pequim prepara o terreno.
Antecipando os encontros da próxima semana do Primeiro-Ministro chinês em Lisboa, a imprensa faz-se eco já de uma pretensão crucial para o regime de Pequim: o levantamento do embargo de armas imposto pela UE.
Esta questão foi adiada pelo Conselho durante a presidência luxemburguesa, para o que muito contribuiu a firme oposição do PE ao levantamento embargo (e eu não me arrependo de ter trabalhado nesse sentido). Pelo menos enquanto não houver avanços significativos na protecção dos Direitos Humanos naquele país e um esclarecimento sobre a sorte das vítimas que sobreviveram ao massacre de Tien An Men, muitas até hoje desaparecidas, outras presas.
Com este precedente, a actual presidência britânica não teve margem de manobra, ainda por cima numa questão que tanto desagrada à Administração e ao Congresso americanos - e aqui com razão, quaisquer que sejam outras razões detrás.
Os governantes chineses, com proverbial paciência, aguardam presidências mais favoráveis, disponíveis para a vergar numa questão que envolve ... negócios da China. Com os olhos em Portugal, que em 2007 assumirá a presidência da UE.
A ver vamos.