No ano passado, quando anunciou a intenção de proceder à privatização parcial da sua participação da REN, o Governo explicou que só alienava 19% do capital, a fim de manter o controlo estatal da empresa, visto que o Estado conservaria a maioria do capital, somando os 31% que a Parpublica manteria com os 20% que a CGD possui.
Ora, no mesmo dia da conclusão da referida privatização o Ministro das Finanças apressou-se a anunciar uma nova privatização a breve prazo, o que só pode significar que o Governo abandonou a ideia de manter em mãos públicas a maioria do capital da empresa, que tem a seu cargo a gestão das redes de transporte de electricidade e de gás natural, sendo portanto um "monopólio natural", com remuneração regulada (e assegurada!).
Entretanto, na sua primeira sessão na bolsa, a cotação das acções sobe mais de 20%...