Nesta quadra natalicia ouve-se muito ruido de fundo a propósito das ultimos galhardetes trocados entre Belém e S. Bento.
O melhor é não ligar, porque ainda a procissão vai no adro: concordo com quem quer que disse ou escreveu nos últimos dias que, por falta de comparência do PSD, o Presidente Cavaco Silva surge como o verdadeiro líder da oposição ao PS e cada vez mais poderá ver-se tentado a agir como tal, posicionando-se para a disputa eleitoral de 2011 (mas, atenção, não é de excluir que venha a voltar costas).
De qualquer sorte, neste deve e haver entre Presidência e Governo, convém recordar que é o Senhor Presidente Cavaco Silva quem claramente leva a palma: que feito de armas maior do que a tentativa de plantar noticias na imprensa sobre as falsas escutas para comprometer o PM?
Azar que tudo abortou. Azar por o rabo-de-palha ser indisfarçavel (não se podendo exterminar, o Lima teve de ser encafuado noutra dependência do Palácio).
Mas nada disso diminui a efervescência, a audácia, o fulgor do golpe junto do "PÚBLICO" que há mais de um ano Belém acalentava, como subitamente o país viu no Verão passado.
Este é pleito em que ninguém, nem mesmo o Primeiro Ministro José Sócrates, pode pedir meças ao Presidente Cavaco Silva.