As contas provisórias do Estado relativas aos primeiros sete meses do ano -- em grande parte ainda da responsabilidade do governo socialista -- deve enterrar definitivamene o paleio sobre o "desvio colossal" com que o actual governo tentou manchar a herança recebida do anterior.
De facto, os números mostram que o défice do Estado diminuiu cerca de 25% em relação ao do período homólogo do ano passado (de quase 9000 milhões para menos de 6700 milhões) e que, se isso se ficou a dever ao aumento da receita (mais 4,4%), não se ficou a dever menos, pelo contrário, ao corte na despesa (menos 4,8%). Cai também a acusação tantas vezes repetida de que a correcção orçamental se estava a fazer essencialmente por via do aumento da receita e não pela redução da despesa.
Não há portanto nenhuma razão para não atingir a meta da redução do défice global prevista no orçamento para este ano (a não ser que haja surpresas da Madeira ou das autarquias locais...).