Podia antever-se que a mudança de governos na Grécia e na Itália não mudaria nada de fundamental para os mercados e isso está a ver-se, com a subida dos juros em relação à Itália.
(...) Estamos perante fórmulas governativas que muitos dizem serem "tecnocráticas", mas que passam por cima da democracia e não parecem dar soluções de governação menos condicionadas.
(...)Na Alemanha, a Senhora Merkel bem pode dizer que não quer a divisão da Europa, fazer protestos de que quer mais Europa, pensar que a Europa sem o euro não vai longe. Mas a verdade é que continua a enviar mensagens aos mercados de que a Alemanha, em concreto, não sustentará o euro por todos os meios, designadamente continuando a impedir a intervenção do Banco Central Europeu e a mutualização da divida através de euro-obrigações ou "eurobonds". E também ao mostrar que a Europa não está a investir em nenhuma estratégia de crescimento e emprego, nem de justiça social.
Notei eu no CONSELHO SUPERIOR da ANTENA UM, esta semana, no dia 15 de Novembro.