Em Espanha, o galego Rajoy já rói o osso que o PSOE perdeu.
E corrói o posicionamento do país face aos mercados financeiros, tratando de desaparecer de vista, no dia seguinte à vitória eleitoral.
E corrói a solidariedade europeia face ao directório Merkozy - mandou a porta-voz dizer que tinha pedido à Dona Merkel que ajudasse quem cumpria, como a Espanha (e desajudasse quem não cumpre ainda, como Grécia e Itália, subentendeu toda a gente...).
Novo governo em Espanha, com um Rajoy sem pressas, parece que só lá pró Natal ... Enfim, só presentes no sapatinho dos especuladores, se ainda houver euro e com Espanha dentro.
Em vez de se rebolar em relvas daninhas nas saltadas a Portugal, este Rajoy fazia bem em perguntar a Passos Coelho como se aprecatar para as lebres postas a correr pelos mercados que ambos veneram, mas manifestamente não controlam.
Passos passou as passinhas, à conta das falsas expectativas criadas pelos lusos cultores dos mercados, como tantos «hermanos» que enxameiam o PP. Em Portugal, um dos mais devotados bardos dos mercados chamava-se mesmo Moedas e gargarejava os amanhãs cantantes dos juros a descer e da Merkel a abrir, só por obra e graça do santo espírito do PSD triunfador nas urnas. Rapidamente, depois da vitória, teve de meter a viola no saco e render-se ao negacionismo empedernido da chanceler e à vertiginosa descida ao lixo decretada pelas inefáveis agencias de "rating".
Rajoy, o galego, bem podia aprender com os seus compadres portugueses idolatrantes dos mercados. Quanto mais não seja, para evitar à Espanha e à Europa umas... galegadas.