A segunda boa notícia da cimeira europeia, que premeia o esforço do primeiro-ministro espanhol Rajoy, foi a decisão de financiamento directo dos bancos em dificuldades pelo Mecanismo Europeu de Estabilidade, em vez de financiamento indirecto através do Estados, à custa do aumento do respectivo défice orçamental e da respectiva dívida pública e à custa de um ingerente "programa de ajustamento".
Em contrapartida desse financiamento directo pela União, a supervisão estrutural e prudencial da banca passará para a União, sob a égide do BCE, perfendo os Estados-membros essa competência, o que constitui um passo decisivo na necessária "união bancária".
Como aqui se vem defendendo, uma maior responsabilidade financeira conjunta tem de implicar a transferência de mais poderes de controlo para a União. A união bancária implica mais união política (como a Alemanha sempre insistiu...).