A França encontra-se entre os países advertidos pela Comissão Europeia por causa do seu défice orçamental excessivo. Mas o caso francês é muito mais grave do que os outros. A França já tinha beneficiado de um adiamento de dois anos para cumprir a limite de 3% no défice orçamental. Ora, a Comissão vai dar-lhe mais dois anos, até 2017, e prescinde de desencadear os mecanismos de sanção da França por incumprimento das regras orçamentais da União!
A "exceção francesa" torna-se mais grave por dois motivos: por o Comissário responsável ser francês e por a UE ter adotado recentemente uma posição firme face à tentativa grega de furar as regras da assistência financeira. Ora, não pode haver filhos e enteados nesta matéria. A imunidade francesa não é aceitável.
Se se consente um tratamento especial para a França, como é que se pode exigir o cumprimento das regras aos demais países?