"O assassinato de mais um jovem manifestante e a detenção violenta, sem mandado judicial e em violação da Constituição, de Antonio Ledezma, duas vezes eleito Presidente da Câmara de Caracas, são preocupantes desenvolvimentos que só vão radicalizar tensões no povo venezuelano, já exasperado pela escassez de bens essenciais, a corrupção, a precariedade e o desrespeito sistemático pela liberdade de expressão e outros direitos humanos básicos.
Não basta ter a maioria em eleições para viver em democracia - é preciso respeitar a oposição e as regras do Estado de direito.
Por isso exigimos a imediata libertação de António Ledezma e de Leopoldo Lopez, de outros opositores e de estudantes presos e pedimos ao Presidente Maduro que não enterre mais a Venezuela numa espiral conspirativa e repressiva, antes explore a via do diálogo nacional pacífico proposta no "Apelo aos venezuelanos para um acordo de transição nacional" que congrega alargado apoio na sociedade.
Este Parlamento deve quanto antes enviar à Venezuela uma missão para contactar os principais actores políticos,medo governo, oposição e sociedade civil e encorajar uma solução democrática e inclusiva, mantendo o calendário eleitoral."
(Minha intervenção no debate esta noite no plenário do Parlamento Europeu sobre a situação na Venezuela)