1. Mistério: por que é que os investidores em "papel comercial" do GES se atiram ao Governador do Banco de Portugal e não aos donos do mesmo GES, que forem quem lhes vendeu gato por lebre aos balcões do BES? Ou será que Carlos Costa se tornou no bode expiatório da sua própria incúria ao terem investido em produtos financeiros de risco?
2. Obviamente, neste país todos têm liberdade de manifestação, a qual, no entanto, está sujeita a regras e a limitações legais quanto ao seu exercício, incluindo a comunicação prévia às autoridades policiais. Será que as recorrentes manifestações dos referidos detentores de papel comercial do GES, qualquer que seja a razão que lhes assiste, têm respeitado essas condições legais? E a liberdade de manifestação inclui porventura o direito de invadir e de ocupar instalações alheias?
Adenda
O facto de os títulos emitidos por outras empresas serem vendidos ao balcão de um banco não torna este responsável pelo reembolso desses mesmos títulos em caso de falência daquelas, a não ser que tenha dado essa garantia. E, contrariando esta precipitada declaração, muito menos o Estado tem de assumir qualquer responsabilidade por investimentos privados pouco prudentes, que seria paga pelos contribuintes.