O esmorecimento da retoma económica, que aqui se previu, é bem mais severo que que se temia, confirmando os prognósticos menos positivos: 0,1% de crescimento em cadeia e 0,8 de crescimento homólogo, o que compara muito negativamente com os resultados da zona euro, 0,5% e 1,7%, respetivamente. Sabendo-se que a procura interna se porta bem, mercê do doping da recuperação de rendimentos e do crédito ao consumo, o que está na base destes números dececionantes é a redução da procura externa (exportações) e, o que é mais grave, do investimento.
Mesmo que a situação venha a melhorar sob efeito da maior procura interna, a meta orçamental de crescimento para este ano (1,8%) torna-se uma miragem, arrastando também o desempenho do emprego. Correspondentemente, o esforço para cumprir as metas orçamentais quanto ao défice e quanto à dívida pública torna-se ainda mais exigente.
Decididamente, não são boas notícias.