Depois dos médicos e enfermeiros e dos funcionários públicos em geral, são de novo os professores e agora também o mundo da justiça que ameaçam com greves. A falsa ideia de que existe "folga orçamental" e a aproximação das eleições locais e das negociações para o orçamento de 2018 levam os sindicatos e o PCP a tentarem forçar o Governo a "abrir os cordões à bolsa".
É evidente que não cabe na cabeça deles a ideia de fazer cair o Governo, pois seria o PS a ganhar em caso de abertura de uma crise política e de convocação antecipada de eleições. Mas este súbito surto de ativismo sindical não é inocente, sendo evidente o risco de o Governo ceder à tentação de comprar a manutenção da "paz social", de que tem feito um trunfo político, à custa de mais despesa pública.
Como sempre, as categorias mais influentes do setor público buscam as melhores posições à mesa do orçamento.