Por isso, a autodemissão de alguns generais por estes dias, em desacordo com o CEME, deve ser aproveitada para reduzir esse excesso, não devendo dar-se a sua substituição. Com a poupança advinda da redução do número de generais talvez se pudesse equipar melhor a segurança dos paióis militares, poupando às Forças Armadas e as chefias militares à humilhação por que há pouco passaram...
Adenda (11/7)
Quanto ao número de generais do Exército, recebi a seguinte informação de um leitor:
«Relativamente ao “exagerado” número de generais nas FA’s que o
senhor utiliza, retirada do CM, pelo menos no que ao Exército respeita, não é
bem assim.
O Exército tem vagas aprovadas para 33 oficiais e possui presentemente
45 generais, distribuídos da seguinte forma: 33 no Exército, 9 desempenham
funções na GNR, o CEMGFA é do Exército atualmente, um oficial desempenha um
cargo internacional e um outro desempenha funções como assessor do MDN. Assim,
em boa verdade, não se podem considerar os militares da GNR como sendo generais
do Exército, pelo que existem apenas 3 supranumerários, e apenas isso.
Mas considerando, ainda que erradamente, os tais 12 oficiais
generais supranumerários no Exército, dos 54 enunciados pelo CM e sendo o
Exército o ramo que tem maior número de efetivos seria honesto que as suas
fontes justificassem na Força Aérea e na Marinha os restantes 42 que excedem o
Dec-Lei em anexo, uma vez que no Exército os valores são exatos. Duvido que o
atual, e os anteriores Ministros da Defesa, permitissem um número tão elevado
de promoções nestes dois ramos, com exclusão do Exército.
Sobre aproveitar as demissões para reduzir o número de oficiais
no Exército, tal é impossível sem alterar a estrutura orgânica do Exército,
pelo que a sua proposta não poderia ser assim realizada de imediato.»