É positivo saber que nos últimos trimestres a economia portuguesa cresce acima da média da União, o que já não sucedia há muito tempo, com a consequente degradação da posição do país no ranking dos Estados-membros.
Todavia, não existem razões para a euforia política criada, por duas razões. Em primeiro lugar, dado o pequeno diferencial, a este ritmo Portugal vai precisar de muitos anos para recuperar o atraso acumulado ao longo destes anos. Em segundo lugar, e principalmente, apesar de crescer mais do que a média da União (devido ao menor crescimento das grandes economias), a economia portuguesa está a crescer menos do que quase todos os demais países da segunda metade da lista da União (exceto a Grécia), como mostra a tabela acima, retirada do Expresso/Economia de hoje), pelo que continua a descer no ranking, estando agora em vias de ser ultrapassado pela Lituânia!
Por isso, apesar de bom, o ritmo de crescimento da economia portuguesa não é suficiente para impedir a continuação da descida na classificação da liga económica europeia. Quando todos crescem, Portugal precisa de crescer mais do que todos os outros, incluindo a Espanha e as economias mais dinâmicas do Leste, sendo com essas que nos devemos bater. Decididamente, é preciso fazer consistentemente melhor no capítulo da produtividade e da competitividade da economia portuguesa.