"Trágicos 17 de Junho e 15 Outubro! Portugueses e galegos, enlutados e atordoados, confrontam-se com os resultados de décadas de má gestão das florestas, de desordenamento do território, de despovoamento do interior e abandono das populações rurais, de captura do Estado por interesses, de desinvestimento na prevenção de fogos e na protecção civil, agravado pelo impacto das alterações climáticas.
Em Portugal já temos diagnóstico, recomendações de especialistas, decisões governamentais para apoiar as vítimas, reconstruir o que tem de ser reconstruído, corrigir o que tem de ser corrigido.
Para as levar à prática precisamos, também, de cidadãos atentos, a vigiar e pedir contas.
Precisamos de solidariedade europeia que deve ser, antes de mais, permitir que o esforço nacional de investimento na reconstrução e reorientação não conte para o défice estrutural. E precisamos da rápida activação de todas as ajudas financeiras.
Precisamos, claro, de uma verdadeira Força Europeia de Protecção Civil que tenha meios para chegar a tempo
Precisamos de Comissão Europeia atenta e interveniente. Porque este desafio geracional para Portugal e Espanha é, também, obviamente, um desafio a toda a União Europeia."
(Minha intervenção no debate em plenário do Parlamento Europeu, hoje, sobre mecanismos de resposta aos fogos florestais em Espanha e Portugal).