Só faltava mesmo ouvir Rui Rio a "flirtar" com agenda populista, defendendo que os votos brancos e nulos nas eleições devem contar para efeitos de redução do número de deputados eleitos, deixando vagos os mandatos não atribuídos!
Ora, por definição, numa democracia representativa só conta na eleição de deputados quem quer ser representado, não quem se recusa a sê-lo. De resto, num sistema político como o nosso, em que é fácil constituir partidos políticos e em que existe representação proporcional (sem "cláusula-barreira"), não existe nenhuma explicação para os votos nulos e brancos que não seja a demarcação dos cidadãos em relação ao sistema representativo. Por isso, não faz sentido que o sistema representativo lhes dê... representação!