Quanto à primeira passagem, no avião N379P -
Apresentei ainda em 2006 pedidos de esclarecimento sobre a estadia de três dias no Porto (segundo dados do Eurocontrol, de que eu própria dei conhecimento às autoridades portuguesas) deste Gulfstream – um avião tão conspícuamente operado pela CIA que havia de ficar conhecido pelo “Guantanamo Express”.
As autoridades portuguesas não puderam deixar de dar por comprovada a passagem pelo aeroporto Sá Carneiro desta aeronave civil e privada, com chegada no dia 15 de Setembro de 2002, às 22:20 horas, vindo de Rabat (Marrocos) e partida no dia 17 de Setembro de 2002, às 04:46 horas, com destino a Cabul (Afeganistão).
Confirmaram também que houve desembarque, estando registados cinco passageiros à chegada e cinco passageiros à partida. Porém, o SEF disse não ter registos da identidade, quer da tripulação, quer dos passageiros, uma vez que os controlos efectuados a cidadãos norte-americanos (todos, alegadamente), não passavam então pelo preenchimento de boletim de embarque e desembarque (será que hoje é diferente?).
Já a documentação recolhida pelo SEF na empresa “handler” Servisair, relacionada com a facturação por prestação de serviços, contem dados que os advogados de Binyam Mohamed obtiveram através da nossa PGR e que foram úteis.
Para identificar agentes da CIA envolvidos na transferência de Binyam de Marrocos para o Afeganistão.
Com passagem por Portugal, à conta da cortesia e brandura de costumes do SEF dos tempos do Primeiro Ministro Durão Barroso....