Vinda de onde vem, a oposição ao nosso Manifesto sobre a reforma da justiça não só não surpreende como nos dá razão quanto às nossas propostas.
De facto, o sindicato do Ministério Público tomou o poder na instituição, tornando-se o seu porta-voz, em substituição do Procurador-Geral, e defende com unhas e dentes os privilégios da corporação, nomeadamente a imunidade a qualquer escrutínio interno ou externo (salvo o seu); alguns jornais, tal como o Correio da Manhã (ver a manchete da sua edição de hoje), e jornalistas que "bebem do fino" junto de fontes do MP, fazem gala no "espetáculo mediático" a que nos referimos no Manifesto e não querem perder esse papel; e no seu pedestre populismo, o Chega acha que todos os políticos, salvo eles-mesmos, são corruptos e merecem ser julgados e condenados sumariamente na praça pública, por iniciativa sem controlo do MP.
É bom ter adversários destes.