Pelo que fez pelo Iraque ?
Ou pelo que fez por Timor?
Enquanto MNE, até 1995, fez o que lhe competia por Timor. E fez bem. Fez, decerto, mais e melhor do que vários dos seus predecessores todos juntos.
Mas quem se esqueceu que Durão Barroso, líder da oposição, em 1999, no momento crucial se enganou redondamente, não querendo que se arriscasse e se fizesse o referendo de 30 de Agosto – sem o qual Timor Leste nunca teria tido a independência? Só talvez o Presidente Ramos Horta, que também não queria lá muito...
O que vale é que o Presidente Ramos Horta já várias vezes reconheceu que estava enganado. Aquele referendo ou se fazia então – ou nunca mais se faria!
Valeu Xanana Gusmão, interpretando os sentimentos da resistência de dentro, que sabia o que o povo queria. E que assumiu a responsabilidade de arriscar e de propor ao CNRT que arriscasse e pedir o mesmo a Portugal. Mesmo sabendo que se poderiam pagar pesados custos. É pelo destemor em correr certos riscos, em momentos cruciais, que se medem os líderes.
A imaginação e a versatilidade são, reconhecidamente, apanágios do Presidente Ramos Horta. Quando é que um destes dias o vamos ver a propôr também o Nobel para o Ministro Ali Alatas, que até passou a trabalhar pela paz em Timor- Leste, ao negociar e tornar possível o referendo de 1999 e sobretudo depois, ajudando a convencer os indonésios a deixar Timor Leste seguir o seu caminho e os refugiados a retornar ? .